domingo, 3 de abril de 2011

As heranças da ditadura militar brasileira

O golpe militar de 1964 não é apenas passado. A escolha do termo "ditabranda" pela Folha de S. Paulo para caracterizar a ditadura militar brasileira não foi um descuido linguístico. Trata-se de uma profissão de fé ideológica embalada por uma falácia: dissociar a ditadura brasileira das ditaduras em outros países do continente e do contexto histórico da época, como se não integrassem um mesmo golpe desferido contra a democracia em toda a América Latina. Ao contrário do que ocorreu em outros países da latino-americanos, o Brasil manteve-se como modelo de impunidade e não seguiu sequer a política da verdade histórica. O que nos interessa é a verdade, nada mais que a verdade! Leia a série de artigos intitulada A hora da Comissão da Verdade.

Conheça!

O CIM (Centro de Informação da Mulher), organização feminista que mantém o maior acervo da mulher da América Latina, com quase 20 mil títulos, está de endereço novo. Confira!

O sítio virtual dedicado ao carioca José Datrino (1917-1996), mais conhecido como Profeta Gentileza. Conheça sua história e veja seus murais, agora tombados, e recuperados, pintados entre o fim dos anos 1980 e início dos 1990, no Rio de Janeiro.

Agende-se e participe!

Até 15/05 - A exposição fotográfica Povos Indígenas no Brasil, de Rosa Gauditano. Fruto de 20 anos de pesquisa, a mostra é composta por 60 fotos coloridas e dividida em quatro grandes grupos, separados por região geográfica: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste. Além dos registros fotográficos, a exposição ainda é composta pela projeção de dois documentários produzidos pelos índios xavantes. No Brasil existem, hoje, cerca de 230 povos indígenas, distribuídos em todos os estados, totalizando quase 734 mil pessoas, que falam 180 línguas diferentes. Imperdível! Caixa Cultural Sé (Praça da Sé, 111, Centro). Gratuito.

Até 12/06 - A exposição Marcados Para, de Claudia Andujar, traz registros dos Yanomami feito no início dos anos 1980. Naquela época, muitos Yanomami não tinham nomes próprios. Eles se tratavam com graus de parentesco, pai, mãe, irmão, tio, entre outros. Para que fossem atendidos e acompanhados pela equipe médica, os Yanomami receberam números, e os penduravam no pescoço, e posavam para fotografias. Confira! Centro de Cultura Judica (Rua Oscar Freire, 2.500). Gratuito.

Até 10/04 - Mahagonny, livremente inspirado no texto de Bertolt Brecht. A cidade de Mahagonny é um paraíso para os homens que desejam bebidas, mulheres e apostas. Foi fundada para o prazer – e, claro, para o lucro! Logo que Mahagonny se estabelece como um bom lugar para se viver, ela nos mostra seu lado podre. E é exatamente nessa contradição entre diversão e crueldade que está baseada toda a encenação. Confira um trecho aqui. Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650, próx. ao Metrô Santa Cruz). Entrada R$10 (inteira) R$5 (meia).