quarta-feira, 27 de março de 2013

Sarau Suburbano lança documentário e antologia poética!

 
 
Com licença pra fazer um convite pra você!

O escritor, apresentador e suburbano convicto Alessandro Buzo manda avisar que tem novidade na praça. Nesta quinta-feira, 28 de março, às 19h, o Sarau Suburbano, tradicional encontro poético que acontece no Bixiga, vai fazer festa pra apresentar as novas criações! Antecipando as comemorações pelos 3 anos do Sarau, vai acontecer o lançamento do documentário Sarau Suburbano - Poesia, Rimas e Atitude (57 min.) e a antologia literária Poetas do Sarau Suburbano, volume 2. O documentário cobre toda a movimentação que aconteceu durante o 2º Festivel Literário Suburbano Convicto, realizado em janeiro deste ano, na Vila Cisper, zona leste de SP. Já a antologia reúne um time de 58 poetas que se apresentam constantemente no Sarau Suburbano.
 
 

Alessandro Buzo considera os lançamentos conquistas coletivas tamanho foi o envolvimento geral no processo de criação tanto no filme quanto no livro. Um sonho realizado, conquistado e compartilhado coletivamente, sem dúvida nenhuma!

 
O lançamento vai acontecer na Livraria Suburbano Convicto (Rua Treze de Maio, nº 70, Bixiga, Centro de SP). A única livraria especializada em Literatura Marginal Periférica do país. Lá acontecem lançamentos de livros, discos, filmes e lá você encontra também toda a criação literária da periferia editada nos últimos anos e muito mais. Vá, confira, assista e leve seu documentário pra casa, escola, associação, cineclube. Aproveite porque as dedicatárias na antologia feitas por quem estiver presente são de graça!

 
Participe, porque, afinal, a cultura é nossa e a estrutura reforça!


terça-feira, 26 de março de 2013

Reintegração de posse: faltou justiça no Iguatemi



Reintegração de posse

O terreno que era baldio
O povo sem medo ocupou
De sol a sol construiu
A casa que sempre sonhou

O proprietário não gostou do viu
E a posse na justiça buscou
O nobre despacho serviu
Para o cão de guarda bastou

O povo inconformado reagiu
A força e a coragem buscou
Paus e pedras na mão reuniu
Contra a violência revidou

Armado o cão de guarda vil
Tiros e bombas disparou
Reintegração de posse cumpriu
Mas justiça mesmo faltou

                 - Ruivo Lopes


Tropas da polícia militar cumprem violentamente a ordem de reintegração de posse emitida pela justiça paulista nesta terça-feira (26). Há um ano,  mais de 700 famílias ocuparam o terreno baldio no Iguatemi, na zona leste de SP, e construíram casas para morar. Após algumas famílias terem feito a mudança dos móveis, as tropas da pm terem disparado tiros de borracha e bombas de gás, algumas casas terem sido demolidas, a prefeitura conseguiu paralizar e prorrogar a reintegração de posse na justiça para o cadastramento emergêncial das famílias expulsas do terreno. O futuro das famílias ainda é incerto.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Maracá: o memorial dos povos indígenas


Maracá

Quando senti o chão tremer
E avistei no alto o maracá voar
Despertei a aldeia para ver
O bando que acabara de chegar


Das caravelas de aço vi descer
Desafetos de outrora a bradar
Reconheci o palavreado a dizer
Que ali eu não iria mais ficar


Eles queriam ainda me fazer crer
Que para mim há outro lugar
Eu pergunto como posso assim viver
Se aqui também é o meu lugar


Reminiscências de ódio vi crescer
Ardência ignorância nos olhos a cegar
Destemida memória não trai meu ser
Foi a história que me fez para cá voltar


                                        - Ruivo Lopes

Policial militar prende indigena da Aldeia Maracanã
 
A expulsão violenta da Aldeia Maracanã, ocupação do Museu do Indio, na sexta-feira (22), produziu cenas de profunda indignação pela truculência usual da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O objetivo da operação militar de guerra era evacuar o prédio e deixar o caminho livre para as obras de expansão comercial do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Representantes de diferentes etnias indígenas há anos exigem da prefeitura, estado e união o tombamento do prédio para a criação no local do memorial dos povos indígenas.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Literatura da periferia: semeemos!


 

Sou um poeta engajado. Assim, não posso dissociar a poesia da ação.
Tudo que é cultural permanece essencial aos nossos olhos.
Aliás, a política não mereceria uma parcela sequer de energia
se não se justificasse por um projeto cultural

Aimé Césaire, poeta e ativista martiniquenho da negritude (1913-2008)


Nos dias 15, 16 e 17 de março, participei do I Seminário de Literatura da Periferia que aconteceu no CCJ - Centro Cultural da Juventude, na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de SP. Além do Seminário, aconteceu também uma feira de livros da periferia e edições independentes, além de oficinas, lançamentos e apresentações de dança afro e rap com Odisséia das Flores. Uma semana depois, tenho o tempo como irmão da reflexão.
 
Feira literária contou com a presença de autores e autoras nos 3 dias

O Seminário contou com eixos temáticos que orientaram cada um dos 3 encontros. Resumidamente, os eixos eram: Literatura da periferia e política, Teorias e práticas que se entrelaçam na educação e na literatura da periferia, e Entre as frestas e a forma, a presença estética na literatura da periferia.

Os coletivos Elo da Corrente, Poesia na Brasa e Projeto Espremedor, organizadores do Seminário, apontaram a fim de abordagem 3 elementos que compõem a criação literária da periferia. Além do valor literário e oral em si, a literatura da periferia manifesta também dimensões política, educativa e estética que lhe confere identidades.


 Primeiro dia do Seminário: Nelson Maca, Diego Arias e Ruivo Lopes

O tema do primeiro dia foi Literatura da periferia e política. Na roda, eu, Nelson Maca (Sarau Bem Black, da Bahia Preta) compartilhamos com quem participou algumas idéias que cada um defende a partir do tema sugerido pelo Seminário. Maca, sem fazer curva, abriu os caminhos para as idéias com poesia e apresentou alguns pontos do Manifesto daLiteratura Divergente ou Manifesto Encruzilhador de Caminhos, no qual a textualidade - e outras possibilidades - negra surge como essência. Eu optei pela abordagem do combate e situar a criação literária da periferia num campo de batalha ocupado pela literatura dominante. A saber, criação literária como estratégica e, portanto, para além das letras, campo de batalha como território (físico e subjetivo) em disputa, e literatura dominante como aquela produzida e reproduzida na imagem e semelhança dos pilares sociais conservadores da dominação. A roda foi mediada pelo Diego Arias, do Poesia na Brasa.

Segundo dia do Seminário: Celinha Reis, Chellmí e Allan da Rosa

No dia seguinte, Celinha Reis e Allan da Rosa entraram na roda para abordar o tema Teorias e práticas que se entrelaçam na educação e na literatura da periferia. Com anos de experiência como professora da rede pública, Celinha fez uma abordagem da literatura da periferia de fora para dentro da escola, apontando para a dimensão educativa e libertadora dos textos da periferia. Allan da Rosa foi buscar na própria vivência, olhares, histórias, despercebimentos e demais elementos do cotidiano da periferia para conduzir sua narrativa questionadora e avessa a modelos que limitam novas possibilidades literárias. Neste dia, a roda foi mediada pelo Chellmí, do Poesia na Brasa.

Terceiro dia do Seminário: Érica Peçanha, Michel Yakini e Cidinha da Silva
 
No último dia do Seminário, a escritora Cidinha da Silva e a pesquisadora Érica Peçanha entraram na roda para abordar o tema Entre as frestas da forma, sobre a estética presente na literatura da periferia. Em outra ocasião, eu já havia apresentado a Cidinha como uma prosadora de mão cheia. Mas ela também é prosadora na fala questionadora e na criação literária afrocentrada. Por um lado, para ela, a criação literária pode ter rumo próprio sem conter um discurso político em si, mas mais como possibilidade de quem lê suas narrativas.  Por outro, sugere o enegrecimento da literatura da periferia e seus territórios de manifestação, como, por exemplo, os saraus. Érica pela primeira vez pôde apresentar sua pesquisa num encontro organizado por alguns protagonistas do universo do seu livro Vozes Marginais na Literatura e foi além na sua ideia. Destacou a realização dos saraus como espaço de formação para além das letras, que a performance tem papel importante para a poesia da periferia e apontou o reconhecimento comunitário do poeta. Ela também chamou a atenção para a ainda pouca participação ou visibilidade da mulher como protagonista na literatura da periferia. No último encontro do Seminário, a mediação da roda ficou por conta de Michel Yakini, do Elo da Corrente.

Foram 3 dias de encontros para trocar idéias sobre outras dimensões possíveis da literatura da periferia. Alguns participantes levaram para os encontros acúmulos e reflexões de momentos e experiências que aconteceram anteriormente. A diferença de geração que se fez presente, os vários caminhos que cada um tomou pela literatura e que foram apresentados ao longo do Seminário, não impediram a palavra de correr solta entre os participantes. Pelo contrário, a todo o momento alguma citação situava as referências de quem a pronunciava. Nomes como Abdias do Nascimento, Milton Santos, Cuti, Paulo Freire e mais, surgiam para reforçar certo legado.

Algumas idéias que atravessaram os encontros surgiram quase sempre nas beiradas dos saraus. Idéias apresentadas e problematizadas por sujeitos coletivos e lançadas entre um poema e um canto ou entre um conto e um ponto.

Certo é que o I Seminário de Literatura da Periferia mobilizou e articulou gente interessada na troca de idéias e na reflexão sobre apenas algumas dimensões nem tão explícitas do que se está fazendo e chamando de literatura da periferia. É neste sentido que afirmo que o tempo é o irmão da reflexão.
 


Participantes durante os 3 dias de Seminário

Acabou o Seminário, mas a roda continua. A abordagem de temas entrelaçados a criação literária da periferia não está esgotada. O próprio Seminário mais abriu caminhos do que fechou.

Seminário quer dizer também viveiro de plantas. Lugar onde sementes são muito bem cuidadas, sem pressa, para depois de germinadas e fortalecidas as raízes serem lançadas em territórios onde a sobrevivência vai depender primeiramente do enraizamento e conquista do espaço.

Semeemos!
 
 
[Registros poéticos de Sonia Regina Bischain, veja +]

quinta-feira, 21 de março de 2013

Racismo não, pára!




- o racismo não pára*
tá na cara
tá na pele
tá na folha
se escreve
é palavra
é Brasil
 
Há um costume brasileiro muito antigo e afeito que  a cordialidade no trato evita que chamemos as coisas como elas realmente são para evitar o conflito. Racismo é racismo, não é mal entendido e ponto final!
 
- o racismo não pára
tá na página
tá na estrofe
tá no verso
tá na imagem
é textura
é Brasil
 
Em menos de uma semana, dois fatos ameaçaram virar notícia. O primeiro, foi o trote aplicado por alunos de direito racistas da UFMG. O segundo, foi a homenagem racista que o estilista Ronaldo Fraga preparou para seu desfile na São Paulo Fashion Week. Digo "ameaçaram virar notícia" porque notícia quer dizer informação e deriva em conhecimento. O racismo deforma a informação e bloqueia o conhecimento.
 
- o racismo não pára
tá ao lado
tá ausente
no passado
no presente
é corrente
é Brasil
 
Os alunos racistas são de Minas Gerais. O estilista Ronaldo Fraga, responsável pela homenagem racista, também é de Minas Gerais. Estado fundado com sangue, suor e raça do povo negro. O descaso com a história de um povo é um convite para o racismo.
 
- o racismo não pára
tá na mente,
tá no agora
no passado
na memória,
é história,
é Brasil
 
Os primeiros despiram a branca, pintaram-na de preto, acorrentaram-na com cadeado, emplacaram-na com cartaz de papelão no qual estava identificada como caloura Chica da Silva, em referência a ex-escrava mineira nascida no século XVIII. A caloura foi arrastada pelo Campus da Universidade como um troféu de outrora. O sorriso branco diante da opressão são sinais evidentes de simpatia, prazer e complacência com o racismo.
 
- o racismo não pára
tá no nectar
tá no sumo
na semente
no consumo
é cultura
é Brasil
 
O outro colocou perucas de palha de aço na cabeça de modelos para supostamente homenagear a beleza negra. O racismo no Brasil é tão perverso e cínico que tenta se positivar mesmo mantendo sua natureza negativa, racista. A beleza negra não precisa de disfarce nem se apropriar daquilo que não é. Abeleza negra também está no cabelo crespo, sim!
 
- o racismo não pára
tá no fruto
tá no suco
na folhagem
no charuto
é produto
é Brasil
 
Os primeiros declararam que a prática racista não passou de uma brincadeira. O outro declarou que foi pego pela ronda politicamente correta. Duas expressões cordiais para dissimular o racismo no Brasil. Uns escondem o racismo no deboche, o outro na arrogância.
 
- o racismo não pára
tá no copo
tá no prato
no varejo
no atacado
é mercado
é Brasil
 
O ruído branco causado pelos dois fatos que não chegaram a virar notícia gerou certo incomodo. Mas como o racismo não pára, o ruído branco logo vira costume, relaxa e vai dormir.
 
- o racismo não pára
tá no nível
tá no plumo
tá na cerca
tá no muro
é concreto
é Brasil
 
Foram esses os dois fatos que quase viraram notícia na semana marcada pelo Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Soma-se a estes o caso da adolescente de 12 anos espancada por ser negra numa avenida pública do Distrito Federal. Enquanto as jovens a espancavam, ela ouviu de uma delas que não aceitavam negras no beco delas. Imagina o que terá acontecido com o racismo que nem chegou perto de ser quase notícia no Brasil.
 
- Racismo não!
Pára!
 
 
* Poema O Racismo não Pára, de Nelson Maca, disponível em Gramática da Ira.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A poesia, o papa e a verdade

 

 
Um dia após o anúncio do novo-velho papa, neste 14 de março, dia do nascimento do poeta baiano Castro Alves (1847-1871) e que marca o dia da poesia, meus versos continuam retos, sem curva, afiados em defesa da memória, verdade e justiça. 
 
Que havia água benta nos gabinetes militares e marcas de coturnos nos altares da Igreja isso todo mundo já sabe. Na argentina de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, centenas de familias ainda aguardam uma explicação sobre o paradeiro de pelo menos 30.000 pessoas desaparecidas.
 
Quem tem medo da verdade
 
(...)
Tenho o dever de falar porque não sou cúmplice...
Quando uszomi vieram, eles chegaram abençoados
E agiram em defesa do sono dos justos
Estes tiveram a oportunidade de fazer justiça
Mas se calaram, voluntariamente
 

(...)
Onde está? Onde está?
Ainda gritam mães, filhos e avós
Ninguém - até hoje! - apareceu pra explicar

(...)
Mas a verdade está a caminho e ninguém - ninguém! - a deterá!



Poema completo publicado em Coletivo Cultural Poesia na Brasa, Antologia Volume IV, 2012.



domingo, 10 de março de 2013

Feira Literária e Seminário de Literatura da Periferia no CCJ (SP)

 

Peço licença pra fazer um convite pra você!

Nos dias 15, 16 e 17 de março, o Centro Cultural da Juventude vai realizar sua I Feira Literária junto com o I Seminário de Literatura da Periferia. O objetivo é reunir ao mesmo tempo uma amostra da produção literária da periferia e refletir suas possíveis dimensões políticas, pedagógicas e estéticas. Na pegada dos encontros onde a prosa e a troca de ideias vão longe no tempo e no espaço, o Seminário terá três momentos diferentes onde quem participar poderá se envolver com a literatura da periferia que não por acaso corre a margem da produção literária dominante no país.

Confira a programação completa abaixo, marque na agenda, divulgue pros seus contatos e, principalmente, participe!

Nos vemos lá!
 
 
 
I SEMINÁRIO DE LITERATURA DA PERIFERIA

O Seminário pretende discutir e analisar a produção literária das periferias, em SP e fora do Estado, com base nos eixos: Política, Educação e Estética, em três palestras/debate com a presença de escritores/as (poetas e prosadores) educadores/as e pesquisadores/as que atuam e refletem o tema.


PROGRAMAÇÃO
 
 





> 15/03 (sexta-feira)
 
15h às 18h
Oficina Processos Editoriais (espaço sarau) é necessário inscrição prévia

18h às 20h
Tema: Literatura da periferia e política: trança de raiz?
Sinopse: Entre manifestos e manifestações a literatura da periferia parece gritar em todos os seus temas. Nela o direito à existência é afirmado na denúncia e no amor, na dureza da narrativa e no gozo do verso e vice-versa. A proposta é discutir quais são as aproximações ente a produção literária da periferia (oral e escrita) e a ação política inerente ao ser social. Onde elas se encontram? Ou mesmo, é possível existirem separadas?Palestrantes: Nelson Maca (BA) e Ruivo Lopes (SP)Mediador: Diego Arias (Sarau da Brasa)

> 16/03 (sábado)


14h às 17h
Oficina Como fazer um e-book (sala de projetos) é necessário inscrição prévia

18h às 20h
Tema: Barreiras visíveis e invisíveis: Teorias e práticas que se entrelaçam na Educação e na Literatura da periferia.
Sinopse: A proposta é que os convidados discorram sobre suas atuações entre o universo da Educação e da criação literária da periferia, suas visões e perspectivas neste trânsito de conhecimentos que podem potencializar cada vez mais as relações sociais. Como encontrar brechas para aguçar o imaginário dos educandos no ensino formal, como desenvolver ações no ensino dito informal, em que saraus, centros culturais independentes estão em movimento, engrossarão o caldo neste encontro.Palestrantes: Allan da Rosa (SP) e Celinha Reis (SP)Mediador: Michell da Silva - Chellmí (Sarau da Brasa)

> 17/03 (domingo)


14h às 17h
Oficina Como fazer um e-book (sala de projetos) é necessário inscrição prévia

14h às 16h
Lançamento Perifeminas com Pocket Show de Odisséia das Fores

16h30 às 17h
Intervenção Dança com P.

17h às 19h
Tema: Entre as frestas da forma: Rachaduras e horizontes.
Sinopse: A mesa propõe discutir e analisar o desenvolvimento estético da literatura da periferia (oral e escrito), a relação e os entraves com a atuação engajada de seus protagonistas.Palestrantes: Cidinha da Silva (MG) e Érica Peçanha (SP)Mediador: Michel Yakini (Sarau Elo da Corrente)
 
19h - 20h - Coquetel de encerramento.

Dias: 15, 16 e 17 de março de 2013
Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso
Av. Deputado Emílio Carlos, nº 3.641, Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte, (ao lado do terminal Cachoeirinha)

Como chegar
: http://ccjuve.prefeitura.sp.gov.br/como-chegar/

Organização
CCJ Ruth Cardoso

Projeto contemplado no Edital de Ocupação do CCJ

sexta-feira, 8 de março de 2013

Com licença, eu vou à luta: Dia Internacional de Luta das Mulheres



A equipe Blogueiras Feministas preparou especialemente para a semana do dia 8 de Março uma série de textos sobre a história da luta das mulheres que alimenta as lutas no presente e projeta no amanhã um mundo que se envergonhará da discriminação, do machisco, da desigualdade, da violência e outras formas de opressão às mulheres.

Dos textos publicados, indico a leitura de "Enegrecer o feminismo": o movimento de mulheres negras no Brasil, da historiadora feminista Bárbara Araújo.


Na história brasileira, encontramos organizações específicas de mulheres negras desde o início do século XX. A Sociedade de Socorros Mútuos Princesa do Sul, fundada em 1908, e a Sociedade Brinco das Princesas, de 1925, respectivamente em Pelotas e São Paulo, eram formadas estritamente por mulheres negras. Elas integraram também uma grande parcela da Frente Negra Brasileira (FNB), fundada em 1931 e considerada a entidade negra mais importante do país na primeira metade do século XX, tendo arregimentado mais de 20 mil associados em diversos estados. Ainda nos anos 30 foi fundada a primeira associação de trabalhadoras domésticas no estado de São Paulo, que teve como principal representante a ativista Laudelina Campos Melo, que também integrava a FNB. Já em 1950, foi fundado o Conselho Nacional da Mulher Negra, formado por mulheres vinculadas à cultura, às artes e à política.
Leia o texto completo aqui!

Participe do Ato/Passeata vai marcar o 8 de Março - Dia Internacional de Luta das Mulheres. Concentração às 13h, na Praça da Sé (SP).