sábado, 24 de agosto de 2013

Hip Hop Rua: literatura, rap e grafite na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de SP!



No domingo, 25, a partir das 10h!, vai acontecer o Hip Hop Rua, na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de SP.
Na programação: a partir das 13h!, a 2ª Feira Literária, e, às 14h!, apresentação da iniciativa Rap Contra a Redução da Maioridade Penal. Tem ainda a maratona do Grafite que vai acontecer durante todo o evento, e muito mais!

Destaque na programação é a Tenda Literária que vai receber às 15h! o bate papo Escrevivências da mulher negra e da periferia, que abordará as experiências coletivas de mulheres escritoras e artistas que resultaram nos livros recem-lançados PerifeMinas e Literatura Negra Feminina Louva Deusas.



Como chegar (ao lado do CCJ):
Nos vemos na Praça!

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Hip Hop Rua e 2ª Feira Literária do CCJ promovem muito ritmo, poesia e troca de conhecimento na Vila Nova Cachoeirinha



A 2ª edição da Feira Literária do CCJ (Centro Cultural da Juventude) está marcada para o dia 25/8, domingo, das 13h às 17h, e vai acontecer junto com o Hip Hop Rua, na Praça do Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, em frente ao CCJ.

A Feira será voltada para a difusão de publicações e produções culturais da periferia e independentes. Os interessados em expor e vender seus livros poderão se inscrever até 15 de agosto por meio de simples formulário/regulamento online disponível aqui! Caso você tenha alguma dúvida sobre o preenchimento escreva para: feiraliteraria@ccj.art.br

E para quem for prestigiar a Feira, os livros serão vendidos a preços populares! 

Caso seja confirmado, haverá também a participação do Carrinho de Mãoteca, projeto que promove a distribuição de livros gratuitamente pra quem quiser se embrenhar na literatura. Doações e trocas são bem vindas!

 Escrevivências: Jackeline, Lunna e Raquel

Além da presença de várias escritoras e escritores, a Feira vai contar com uma Tenda Literária, onde vai acontecer o debate Escrevivências da mulher negra e da periferia: Perifeminas & Literatura Negra Feminina Louva Deusas, com: Jackeline Romio, do Coletivo de Mulheres Negras Louva Deusas e Lunna Rabetti, da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop. A mediação ficará por conta de Raquel Almeida, dos coletivos Sarau Elo da Corrente / Esperança Garcia.

Capas das Coletâneas Perifeminas e Louva Deusas

Iniciativa da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, o livro Perifeminas - nossa história, é resultado de oficinas sobre a história do hip-hop, a mulher e a sociedade, redação e edição de texto, diferenciação de conteúdo, linguagem, gíria, gramática, ilustrações, marketing e publicação, e no final selecionou 60 mulheres para participar da antologia literária com textos inéditos que vão de contos a poesias e desabafos.

Outra iniciativa é a do Coletivo de Mulheres Negras Louva Deusas, que reuniu 25 autoras de diferentes gerações e estados brasileiros para compartilhar seus escritos no livro Coletânea de Literatura Feminina Negra Louva Deusas. A criação do livro é um estímulo e difusão da produção cultural literária de mulheres negras.  

A instalação presente na tenda é da artista plástica Carolzinha Teixeira.

Já o Hip Hop Rua, prévia do Encontro Estéticas da Periferia, levará ao palco todo o conhecimento de MC's e Poetas que participaram de corpo, rima, verso e alma da ação Rap Contra a Redução da Maioridade Penal.
 
A ação é idealizado pelos poetas Akins Kintê e Tubarão DuLixo e reúne rappers e poetas de diversas cidades brasileiras contrários à redução da maioridade penal. Clique nas fotos e assista os vídeos.

No dia, alguns dos participantes do projeto serão acompanhados pelo DJ Eduardo Brechó. MC’s e poetas convidados: Elizandra Souza, Fino du Rap, James Lino, Luisa Valente, Lurdez da Luz, Preto Win, Raphão Alaafin, Roberta Estrela D’Alva, Tati Botelho, Tiago Redniggaz.
 
Já a partir das 10h, haverá apresentações do DJ Pec Jay, Bgirls & Bboys com The King Crew e Grafite com Bonga

Participe porque a cultura é nossa!

Organização: Amanda Prado/CCJ
Curadoria: Ruivo Lopes/Feira Literária e Akins Kintê/Rap Contra a Redução

Agendaí!
Hip Hop Rua: Rap Contra a Redução da Maioridade Penal & 2ª Feira Literária do CCJ
Dia 25 (domingo), a partir das 13h.
Centro Cultural da Juventude
Av. Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha
(Ao lado do Terminal Vila Nova Cachoeirinha)
Zona Norte de SP. (11) 3984-2466.
Entrada franca.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Livrar o Brasil da tortura!




Tortura deixa preso cego e tetraplégico  

O jovem Wesley Ferreira da Silva, de 27 anos, estava cumprindo pena no presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO), e, no inicio do ano, foi transferido para o presídio federal Antonio Amaro Alves, de segurança máxima, em Rio Branco (AC).

Segundo um juiz, Silva entrou íntegro e capaz fisicamente no presídio. A justiça tinha aplicado a ele a pena de mais de 21 anos de prisão. O sistema penitenciário aplicou-lhe outra "pena": a tortura.

Em maio, agentes penitenciários submeteram o rapaz e mais dois presos, a sessões de tortura, durante horas, onde fizeram uso de marreta de borracha, spray de pimenta, chutes e socos.

O preso chegou a ser escondido por agentes penitenciários para que promotores não o vissem durante inspeção de rotina. Silva deixou o presídio cego e tetraplégico e há quase dois meses encontra-se prostrado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco. Ele consegue apenas movimentar a cabeça e fala com muita dificuldade.

O caso veio a público pelo Blog da Amazônia, leia a reportagem aqui.

No inicio do ano, o presídio Urso Branco, emPorto Velho (RO), foi denunciado pelas más condições em que mantinha os presos. Neste momento, o presídio está sendo monitorado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) com o propósito de verificar o cumprimento das ações de melhorias no sistema carcerário no estado, pactuadas junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, em Bogotá, na Colômbia, em 2011.

No Paraná, o Ministério Público denunciou 21 pessoas por envolvimento no caso de tortura contra quatro funcionários de um parque de diversões presos em junho acusados do assassinato de uma adolescente. Os quatro rapazes foram barbaramente torturados para que confessassem o crime. Eles disseram que foram espancados, empalados, asfixiados com sacos plásticos, eletrocutados, forçados a fazer sexo oral entre si e um deles relatou ter tido a cabeça enfiada num formigueiro. Um teste de DNA apontou que eles não estupraram a adolescente. Os quatro rapazes tiveram que entrar para o Programa de Proteção a Testemunhas. A maioria dos denunciados pela tortura são policiais, incluindo um delegado e uma escrivã de policia. O caso provocou a demissão do chefe da Polícia Civil do estado.

A tortura ainda é uma chaga institucionalizada no Brasil e praticada por agentes públicos a serviço do Estado. Policiais e agentes que atuam nas unidades de privação de liberdade são constantemente denunciados pela prática de tortura. Mas a responsabilidade não é apenas deles.

Funcionários que fazem atendimento especifico em unidades de privação de liberdade também são co-responsáveis pela prática de tortura quando se omitem diante deste crime ou mentem para ocultá-lo. Sejam eles educadores, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, psicólogos, advogados, etc.

Aparentemente blindados, até promotores, juízes e o próprio executivo podem responder criminalmente pela omissão. É obrigação da promotoria, do judiciário e do executivo inspecionar unidades de privação de liberdade e colher denúncias de tortura e maus tratos.

O Projeto de Lei da Câmara (PLC)11/2013, que institui o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura no Brasil, precisa ser sancionado com urgência pela presidenta Dilma Rousseff para que o Brasil possa contar com um comitê, independente e autônomo, de 23 membros e 11 peritos encarregados exclusivamente de prevenir e combater a tortura – prática que, de acordo com a ONU, é “sistemática” no Brasil. A instituição do Mecanismo é uma obrigação assumida pelo Brasil perante a comunidade internacional em 2007, quando ratificou o Protocolo Facultativo a Convenção contra Tortura da ONU.

Para que a prática da tortura seja banida do Brasil será preciso esforço coletivo. O país precisa adotar os mecanismos necessários para combater a tortura em todas as unidades de privação de liberdade, punir todos aqueles agentes públicos denunciados por tortura contra quem estiver sob a guarda do Estado, inclusive por omissão, e repudiar publicamente qualquer manifestação de incentivo e banalização de sevícias e maus tratos contra quem estiver sob a guarda do Estado - incluindo apresentadores de programas de televisão.

Ou o Brasil acaba de uma vez com a tortura ou a tortura deixará o Brasil tetraplégico!