quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sarau da Ocupa recebe Cidinha da Silva pruma noite de prosa, ritmo e poesia


Venha se aquecer no calor humanos do Sarau mais quente do centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, 27 de junho, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.


Neste dia, o Sarau vai receber a escritora Cidinha da Silva pro lançamento do seu mais recente livro de crônicas "Oh, margem! Reinventa os rios!", pelo Selo Povo (2011). No dia do lançamento, este e outros títulos da prosadora de mão cheia estarão a venda a preços populares. Mineira de Belo Horizonte, Cidinha é uma grande escritora que tem contribuido muito pra presença africana na literatura brasileira, a começar pelos seus escritos. Seu jeito próprio de escrever, que nos remetem muitas vezes a cenas de um cotidiano arcaico, tem levado a escritora a aventurar suas narrativas noutras linguagens como o cinema e o teatro.

"Quero que a senhora escreva a história da minha vida, dá um livro", Máximo afirma seguro. "Todas as histórias de vida dão um livro", eu retruco. "E escritoras gostam de escrever as próprias histórias", completo para desafiá-lo. "Mas a minha história é boa mesmo", ele insiste. "Acredito que sim, mas por que você mesmo não a escreve?" "Não posso!" "Por quê?" "Eu não teria coragem." " E o que o leva a pensar que eu teria coragem de contar a sua história?" "As coisas da senhora que já li." "Muito bem, é um bom argumento. Posso ouvir a sua história e contá-la do meu jeito. Pode ser assim?" "Pode!" - trecho da crônica O prisioneiro, em Oh margem! Reinventa os rios!, de Cidinha da Silva.

O Sarau também vai arrecadar alimentos para as famílias sem teto mais necessitadas. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível para doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Um banquete de livros fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira o que passou e quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que o escritor, dramaturgo e diretor teatral Walner Danziger esteva lá pro lançamento do seu mais recente livro Gilete na Mão do Macaco. Sempre Na Função, confira o que Danziger escreveu especialmente praquela noite fria e de calor humano.

Afinal, a cultura é nossa!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Walner Danziger, o menino e trutas de batalha

O tridente:Walner Danziger, Ruivo Lopes e Emerson Alcalde


Na semana passada tive o prazer de apresentar o Sarau da Ocupa que acolheu o  escritor, dramaturgo e diretor teatral, meu mano, Walner Danziger, que foi lá pro lançamento do seu mais recente livro Gilete na mão do macaco,contos e outras narrativas.
Ouvi pela primeira vez o Walner disparar seus escritos no Sarau Suburbano. Walner é um cara alto, fica ainda mais perceptível com roupas folgadas, olhar direto, papo reto e de uma sensibilidade camarada. Seus textos no Gilete também são assim. Ler o livro do Walner com uma Gilete na mão pode machucar. Seus personagens perambulam por todos os cantos das cidades. Especialmente os macacos armados de gilete na mão. Contos ou crônicas, no final você decide.
Como de costume em dia de lançamento, passei a mão no livro e disparei o conto-crônica Saltimbanco, presente no Gilete, que que narra a história de um menino fudido, filho de uma mãe fudida e é responsável pelo irmão ainda mais fudido. Depois do abuso, o menino tinha escolhido não ter pai e foi morar debaixo de uma lona de duas cor.
Seja lá qual for o estilo do texto, esse menino existe e tá aí, só não vê quem não quer. Esse menino dá cambalhotas, equilibra o destino e escorrega pelo tecido colorido debaixo da lona de duas cor. Mesmo na lona, o menino não se entrega e revida com a arma que tem: o sorriso.
O narrador, como testemunha, espia de longe. Pra não ser cúmplice, se aproxima e espia de perto pra ver que o menino ensina a vida.
De tanto encontrar o Walner e sua companheira Daiana Arruda Na Função, nos saraus e ações culturais realizadas pelos coletivos culturais da periferia dessa São Paulo desvairada nos tornamos truta de batalha.
Assim que é!

Confira alguns lances que rolaram no último Sarau da Ocupa.

Walver Danziger além de lançar Gilete na mão do macaco,
disparou o poema Ocup(A)ção


Casa cheia e calor humano


Casa cheia e calor humano


Participação de moradoras da
Ocupação São João no Sarau


Pilar aproveitou e levou seu exemplar autografado

Participe da próxima edição do Sarau da Ocupa. Já tem data, veja aqui.


Fotos: Elaine Campos, Daiana Arruda e Projeto Ocupação Cultural

Gog: a voz da periferia na Cúpula dos Povos


Presente na Cúpula dos Povos, evento paralelo dos movimentos sociais a Rio+20, Genival Oliveira Gonçalves (foto), ou simplesmente Gog, como é conhecido no rap nacional, defendeu as causas das periferias basileiras no encontro que debateu a experiência brasileira de participação social da Juventude.
Na entrevista que deu a Revista Fórum, quando lhe foi perguntado como via o desenvolvimento sustentável na ótica da perfieria, Gog disparou: "Para nós, é quase como um desenvolvimento etário, diante do extermínio, diante da alimentação, do protagonismo. Para nós as questões são muito mais profundas, nos temas da esquerda, dos movimentos sociais, a questão negra é sempre um recorte dentro desses temas. Temos que lutar tanto pela inclusão do tema, como para sermos incluídos dentro do tema. Vejo a Rio+20 ainda como um vento, uma brisa, diante do nosso desenvolvimento que passa por um sustento que é vital para nós. A nossa discussão aqui é sobre a vida. É para que nossos jovens não sejam exterminados, no momento em que ele mais pode produzir, essa pátria mãe os elimina através de seu braço armado, que é a polícia. E o pior, com o aval, não só do Estado, mas da opinião pública".
Gog defendeu ainda o papel transformador e libertador da cultura, seu apoio estratégico a Dilma no momento da campanha presidencial e a exigência da retirada da Marinha no Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia.  Confira a entrevista completa aqui.


Enquanto isso na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab cassou a permissão de cerca de 500 trabalharoes ambulantes, os chamados camelôs, que a partir de amanhã terão que sair da Rua 25 de Março. No mês passado, Kassab já tinha revogado a licença de cerca de mil trabalahdores legalizados, a metade deles são portadores de deficiências físicas. A medida vale para os trabalahdores que ficam nas regiões da Luz, Lapa e da 25 de Março, área de maior comércio popular da cidade. Outros 380 permissões já foram cassadas pela prefeitura em toda a cidade. A Defensoria Pública intercedeu a favor dos trabalhadores e tentou barrar na Justiça a medida, mas justiça e prefeitura concordam com expulsão dos camelôs das ruas. A prefeitura promete, sem dizer quando e em ano de eleições, construir três shoppings populares e enquanto esses locais não ficarem prontos, os idosos e deficientes terão o apoio da prefeitura, como trabalhar espalhados nas feiras livres da cidade.

Manifestantes cobraram hoje (18) do governandor Geraldo Alckmin "arquivo" sobre crimes cometidos pelo Estado e denunciaram perseguições a movimentos sociais e populares, despejos forçados de famílias sem-teto e o extermínio sistemático da população negra e pobre das periferias pelas policias. Assista o video aqui.

domingo, 3 de junho de 2012

Sarau da Ocupa recebe Walner Danziger pro lançamento de "Gilete na Mão do Macaco"


Venha se aquecer no calor humanos do Sarau mais quente do centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, 13 de junho, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.
Neste dia, o Sarau vai receber o escritor, dramaturgo e diretor teatral Walner Danziger para o lançamento do seu mais recente livro Gilete na Mão do Macaco, contos e outras narrativas. Sempre Na Função, o paulistano do bairro do Jabaquara, zona sul, manda avisar. "É dia de festa. Se arte é botar comida no prato, no ato explodem os beats em cima dos pratos. Escuta só o som, escuta que esse é do bom. O macaco vai fugir. O microfone na mão do mc. A macacada tá armada, de gilete na mão. Vai chover macaco de cima do galho, vão passear em cima do seu telhado, cuidado! Os macacos invadiram a cidade, sem perdão, vão subir na mesa e comer com a mão."
O Sarau também vai arrecadar alimentos para as famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível para doação. Só não fique de fora!
Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Um banquete de livros fica sempre a disposição.
Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!
Afinal, a cultura é nossa!