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Brasil vive hoje uma efervescência de editais públicos, dos quais
é importante destacar os voltados para a área cultural com objetivo de atender certa diversidade de protagonismo, criação, produção, manifestações e linguagens artísticas, visibilidade, territórios, etc. São milhões de reais
em investimentos em projetos culturais a cada ano. No entanto, o país continua hostil a
sua população jovem negra e moradora das periferias, como aponta o Mapa da
Violência de 2012.
Em São Paulo, a capital mais rica do país e ainda
muito desigual, o retrato não é nada animador para a população jovem negra e
moradora da periferia, como aponta o infográfico da SMDHC da PMSP.
Um caminho para mudar este retrato é promover a participação e o debate sobre os
vários planos a serem implementados na cidade de SP, aqui destaco os
voltados para as áreas de Cultura, Educação e Direitos Humanos, tendo este jovem negro e morador da periferia - que hoje engrossa as
estatísticas do Mapa da Violência -, não como público alvo, mas como protagonista
no planejamento e execução dos vários planos a partir da relação com cada território. Mas isso
precisa estar garantido como princípio e diretriz nestes planos em construção na cidade. E
não é tão óbvio quanto parece quando diferentes interesses entram em jogo.
Cabe primeiramente ao poder público
municipal firmar os compromissos necessários entre secretarias, agindo
sempre em parceria com quem atua diretamente nos territórios atingidos, nas
periferias da cidade, se quiser de fato mudar esta triste realidade!
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