Pá/lavra
Escrevo minha própria palavra
Rasuro velhos tratados que mantém tudo na mesma ordem
Para não morrer, a palavra precisar escrever o novo
E só escreve o novo quem subverte a ordem
Minha palavra quer ser falada,
sussurrada,
cantada,
rimada,
gritada
Não importa a forma,
não importa
a língua
A pá/lavra quer se libertar,
ela quer
libertar,
ela quer ferir,
ela quer unir,
ela quer
conspirar,
ela quer
transformar,
ela quer ser
ou/vida,
ela quer ser
vista
ela quer ser um vírus
e propagar-se... infinitamente
ela quer abrir caminhos
e narrar
caminhadas
ela quer ser lançada ao vento
em
constante movimento
ela quer ser minha,
ela quer ser sua,
ela quer ser nossa!
Ruivo Lopes | Ofereço a você um antigo poema meu recuperado especialmente
para este Dia da Poesia (14). Sirva-se!
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