Não há nada que seja ruim que não possa
piorar. É o caso da chamada intervenção federal na segurança público no
Rio de Janeiro a mando do governo Temer, o mais impopular e ilegítimo
governo desde a redemocratização do país, já aprovada pela Câmara e a
espera de aprovação do Senado.
O rito é apenas pró-forma numa democracia
cada dia mais fragilizada, uma vez que as forças armadas já estão nas
ruas do Rio. Não exatamente nas ruas, mas sim nas favelas
cariocas, alvos das operações realizadas.
Não há democracia que
sobreviva com uma sociedade com medo, seja ele real ou fabricado. Caso
contrário, esta mesma sociedade repudiaria com veemência o pedido do
comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em reunião do
Conselho da República (19), para que fosse necessário dar aos militares
"garantia para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade"
no futuro.
A Comissão da Verdade foi criada durante o governo Dilma para
investigar crimes de tortura, execução, desaparecimento de pessoas e
outras violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura
militar.
É de suspeitar o que tem a temer o general Villas Bôas com uma
nova Comissão da Verdade para investigar atos cometidos durante a
intervenção federal no Rio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário