Um dia após o anúncio do novo-velho papa, neste 14 de março, dia do nascimento do poeta baiano Castro Alves (1847-1871) e que marca o dia da poesia, meus versos continuam retos, sem curva, afiados em defesa da memória, verdade e justiça.
Que havia água benta nos gabinetes militares e marcas de coturnos nos altares da Igreja isso todo mundo já sabe. Na argentina de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, centenas de familias ainda aguardam uma explicação sobre o paradeiro de pelo menos 30.000 pessoas desaparecidas.
Quem tem medo da verdade
(...)
Tenho o dever de falar porque não sou cúmplice...
Quando uszomi vieram, eles chegaram abençoados
E agiram em defesa do sono dos justos
Estes tiveram a oportunidade de fazer justiça
Mas se calaram, voluntariamente
Tenho o dever de falar porque não sou cúmplice...
Quando uszomi vieram, eles chegaram abençoados
E agiram em defesa do sono dos justos
Estes tiveram a oportunidade de fazer justiça
Mas se calaram, voluntariamente
(...)
Onde está? Onde está?
Ainda gritam mães, filhos e avós
Ninguém - até hoje! - apareceu pra explicar
(...)
Mas a verdade está a caminho e ninguém - ninguém! - a deterá!
★
Poema completo publicado em Coletivo Cultural Poesia na Brasa, Antologia Volume IV, 2012.
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