A política brasileira vive
tempos difíceis. Difíceis porque parece reduzida a capacidade de
imaginação política.
Nossa classe política, irresponsável e inconsequente,
lançou o povo brasileiro num mar de incertezas e angustias. Querem nos
fazer crer que não há alternativas.
Se por um lado as elites
conservadoras apostam no quanto pior melhor - para elas! -, por outro,
os progressistas, contaminados por anos de convivência com os
conservadores, tem adotado a estratégia
do medo ou a do "não há nada que seja ruim que não possa piorar". Adota-se estratégia conservadora e alheia ao campo progressista.
De ruim
a pior, atrofia-se a capacidade de imaginar alternativas políticas.
Esvaziada de imaginação, a política da lugar ao fatalismo e ao
autoritarismo conservador e também progressista.
Pois bem, falo aos
progressistas, já que não tenho interlocutores nas elites conservadoras.
Já disse e insisto, não há mobilização que se sustente apenas com
denúncia. A denúncia serve apenas para pintar o atual cenário político
do país. Confunde-se o contexto com a dinâmica no contexto. Ao contrário
do que alguns possam pensar, não é a denúncia que garante um campo ou
unidade de forças, mas sim o anúncio.
Neste momento, o campo
progressista carece de anuncio convincente e alternativo não só ao que
está, mas também ao que já estava aí.
O anúncio esta contido na potência
da vontade popular. Portanto, é hora de falar menos ao povo brasileiro e ouvi-lo
mais.
A vida política brasileira está na sua capacidade de reinvenção.
Reinventar a política significa experimentar e só experimenta quem não
tem medo.
O pragmatismo alienante da política brasileira nos levou a
beira de um precipício. Voltar pode até ser uma saída segura, mas não
menos conservadora.
Alinho-me aos que preferem pensar, experimentar e
construir, sem medo, um caminho possível para o outro lado!
Opinião pública explícita:
[Foto: Ruivo Lopes, SP, 2016]
Quem paga o bando escolhe a música
Bens x bem | Faz sentido empresas capitalistas doar dinheiro para
políticos de direita comprometidos com os bens privados. O que não
consigo entender é o que faz empresas capitalistas doar dinheiro -
legalmente ou não, pouco importa - para políticos de esquerda
comprometidos com o bem comum!
Bem x bens | Faz sentido políticos de esquerda comprometidos com o bem
comum negar doações de empresas capitalistas comprometidas com políticos
de direita defensores dos bens privados. O que não consigo entender é o
que faz empresas capitalistas comprometidas com políticos de direita
defensores dos bens privados querer doar dinheiro para políticos de
esquerda comprometidos com o bem comum!
África no Brasil
O escritor nigeriano Wole Soyinka, autor de "O leão e
a jóia", durante conferência no II Festival Afreaka, na sala Olido,
centro de SP!
Livreir@s & Leitor@s
A Passagem Literária da Consolação
com a avenida Paulista, região central de SP, é um lugar muito especial para livreir@s e
leitor@s. Faça uma visita, ouça boa música, aprecie exposições,
selecione um bom livro e bata um papo com a Odete, livreira há muitos
anos na Passagem! [Foto: Ruivo Lopes, SP, 2016]
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