INSCRIÇÕES ABERTAS NO SÍTIO DA EDIÇÕES TORÓ: www.edicoestoro.net.
Chamamos pra estudar junto, vem? Não é evento nem espetáculo o caso. É
lição com tição e sabor no saber. Estudar a moradia, seus cheiros de
suor e de sonho. Estudar a quebrada de dentro pra fora, a história da
cidade e seus subúrbios. Com necessárias didáticas e pedagogias. Vem
estudar território, paisagem e ensino, refletir sobre quilombagem,
feminismo e arquitetura, sobre várzea, letra e maloca com nossas mais
velhas dando aula junto com pesquisadores de sangue no olho.
A luta por moradia entrança a resistência na rua e no peito, a construção da vida no puxadinho e no espelho, os pilares das paredes e dos gestos, a organização lenhosa ou serena do bairro e dos desejos do corpo.
A cama e a cozinha, regentes de tanta poesia e convívio, refletem e influenciam os passos e as políticas da praça pública. Da intimidade e do que vaza do portão, da privacidade e do que não se tranca com cadeado. Moradia é miragem, questionamento e trabalho.
Na história da cidade se acenderam muitos movimentos, coletivos e ocupações por um lar, por uma vila ou por um campinho. No cantinho do cômodo, no escadão e no quintal se educa e se mantém coloridas linhagens ancestrais.
Por necessidade bolamos revides ao que vem ditado de cima pra baixo, às leis de morte e de expulsão, às faxinas étnicas de território, às decisões oficiais de conchavo com os magnatas e latifundiários urbanos. Por precisão se arruma o filtro e a moringa, se banha de balde ou mangueira, se chora com a bica poluída e com o córrego apinhado de plástico.
Nas periferias, estilos de criar e de viver vão bailando a dignidade entre goteiras e azulejos, entre festinhas de quintal e vasinhos em beiral de janela, entre cafezinhos e bacias. Nos cortiços por décadas e décadas se desenhou a história de nossos álbuns de família. Nas canções entre o guarda-roupa e o banheiro mora a expressão que põe o público e o privado na massa da mesma fornada. Nos atos de ocupar, orar, brincar, bater palmas na porta, derrubar muro, xingar no portão, ligar fiação ou fechar pra dormir voga um universo de teto e de afeto. Razão de luta e movimentos da razão.
A luta por moradia entrança a resistência na rua e no peito, a construção da vida no puxadinho e no espelho, os pilares das paredes e dos gestos, a organização lenhosa ou serena do bairro e dos desejos do corpo.
A cama e a cozinha, regentes de tanta poesia e convívio, refletem e influenciam os passos e as políticas da praça pública. Da intimidade e do que vaza do portão, da privacidade e do que não se tranca com cadeado. Moradia é miragem, questionamento e trabalho.
Na história da cidade se acenderam muitos movimentos, coletivos e ocupações por um lar, por uma vila ou por um campinho. No cantinho do cômodo, no escadão e no quintal se educa e se mantém coloridas linhagens ancestrais.
Por necessidade bolamos revides ao que vem ditado de cima pra baixo, às leis de morte e de expulsão, às faxinas étnicas de território, às decisões oficiais de conchavo com os magnatas e latifundiários urbanos. Por precisão se arruma o filtro e a moringa, se banha de balde ou mangueira, se chora com a bica poluída e com o córrego apinhado de plástico.
Nas periferias, estilos de criar e de viver vão bailando a dignidade entre goteiras e azulejos, entre festinhas de quintal e vasinhos em beiral de janela, entre cafezinhos e bacias. Nos cortiços por décadas e décadas se desenhou a história de nossos álbuns de família. Nas canções entre o guarda-roupa e o banheiro mora a expressão que põe o público e o privado na massa da mesma fornada. Nos atos de ocupar, orar, brincar, bater palmas na porta, derrubar muro, xingar no portão, ligar fiação ou fechar pra dormir voga um universo de teto e de afeto. Razão de luta e movimentos da razão.
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03.05 | "Portas e varais: espaços geográficos e quebrada",
com Dona Dina (Anciã, moradora de Taboão há 50 anos) e Billy Malachias (Geógrafo e educador)
10.05 | "Do pau à laje: uma história da moradia paulistana do baldio ao asfalto", com Seu Nelson (Coordenador do Movimento de Luta por Moradia, Centro) e Raquel Rolnik (Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e relatora da ONU sobre moradia)
17.05 | "Arquiteturas de olhares e passos: entre aldeias e quilombos”, com Dona Neide Abati (União Popular de Mulheres do Campo Limpo) e Alex Ratts (Geógrafo e professor de antropologia da Universidade Federal de Goiás/UFG)
24.05 | "Do acampamento ao Tekoha guarani: morando na semente do futuro”, com Jerá Guarani (Liderança e professora na aldeia Tenondé Porã) e Spensy Pimentel (Professor da Universidade da Integração Latino Americana/ UNILA)
31.05 | "Ventando a cortina, batendo na mesa: guerra e afeto em feminino no Hip Hop”, com Sharylaine (Rapper desde 1986 , integrante da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop ) e Jaqueline Lima Santos (Doutoranda na Unicamp, pesquisadora de Hip Hop)
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Aos sábados de maio - sempre das 14h às 17h00
No Espaço Clariô: Rua Santa Luzia, 96 - Taboão da Serra/SP
Veja como chegar aqui: http://goo.gl/maps/AE1KR
Gratuito para 45 participantes.Inscrições de 9 a 23 de abril de 2014.
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