sexta-feira, 29 de julho de 2011

Copa do Mundo: a matemática na prática

Como fazer uma Copa do Mundo mais cara para os cofres públicos. Eleja um presidente tarado por futebol que tome medidas para que todos subam alguns degraus da economia local. Não se preocupe com a distância entre uns e outros nessa longa e tortuosa escadaria social brasileira. Até porque uns e outros, como salário e lucro, estarão sempre distantes entre si. Chame a atenção do mundo e arranque um that’s the man! do nunber one of world que a FIFA virá mais do que depressa até você, pois "tem bagulho bom aê"! Depois, dê uma festa de arromba para os executivos das maiores empreiteiras em atividade no país. Convide alguns garotos de "prograpagandas" velhos e novos para dar um caráter esportivo à festa. Sirva o melhor champagne da casa e otras cositas más para que ninguém se esqueça daquele momento. Troque quantos cartões de visitas você puder. Mas lembre-se que o seu tem que ter seu endereço fixo. Nas entrevistas que der, sempre chame todos de parceiros. Não se preocupe com a conta, o BNDS, o banco “da social”, irá pagar. Depois é só esperar sete anos que os exclusivos ingressos para ver de perto o maior espetáculo da terra chegarão de presente para você no endereço indicado.

2 comentários:

Ruivo Lopes disse...

Não é à toa que Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos afirmou que mais de 90% dos gastos com os estádios para a Copa do Mundo no Brasil serão públicos. Quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa, dizia-se que entre 60% e 70% dos investimentos seriam privados. Os investimentos públicos substituíram os investimentos privados.

Rodrigo Pires disse...

Viva o Brasil, viva a mistura..mas
não a mistura clássica (miscigenação) que a elite adora dourar a pílula, vendendo diversidade onde há castas,velando o racismo e negando o inegável.

Mas viva a mistura tão bem analisada por Sérgio Buarque: O público com privado.

Um grande abraço
Rodrigo Pires