terça-feira, 31 de julho de 2012

Encontro de troca de ideias e experiências com agentes culturais


Aconteceu hoje (30) o último encontro de troca de ideias e experiências com agentes culturais do CCJ (Centro Cultural da Juventude), na Vila Nova Cachoeirinha, zona norte de SP. Vagner Souza (Coletivo Cultural Poesia na Brasa), a artista plástica independente e agitadora cultural Carolzinha Teixeira, José Soró (Quilombaque) e eu, pelo Sarau da Ocupa, falamos das nossas caminhadas pessoais e coletivas em ações culturais, sociais e políticas.


Da esquerda para a direita: José Soró, eu, Vagner e Chellmí

Carolzinha Teixeira ao centro

Temas como territorialidade, democracia, cultura, machismo, arte, direitos humanos, militarização das subprefeituras, cidade, juventude, cultura e literatura marginal periférica, saraus, gestão cultural, militância, ativismo, protagonismo, políticas públicas, rede de movimentos e ações culturais, etc, foram abordados a partir de um ponto de vista crítico, baseado em experiências vividas. O bate papo foi apresentado pelo jovem escritor Chellmí, responsável pela organização da formação.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sarau da Ocupa recebe Victor Rodrigues pra lançar seu livro Praga de Poeta


Venha se aquecer no calor humanos do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro hoje, quarta-feira, dia 25, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.


O Sarau vai acolher o poeta Victor Rodrigues pro lançamento do seu primeiro livro de poemas Praga de Poeta, pelo selo Edições Maloqueirista. No dia do lançamento, o livro será vendido a preço popular.

Pra quem acredita que praga de poeta não pega, o autor assegura: "praga de poeta é poesia profecia e vice-versa e verso e vício. é poesia dia a dia utopia por ofício. praga de poeta é poesia arredia. teimosa. reinício. profecia dia a dia beira de precipício. é grito de profeta. engasgado. suplício. verso maldito. escancarado. o não dito. é dedo na cara. do faraó do rei. é virgula na lei. danação do egito. veja bem onde pisa os pés. que aí vem praga. e bem mais que dez." - Em Praga de poeta, de Victor Rodrigues

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Um banquete de livros fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que o Coletivo Cicas esteve lá pro lançamento do livro e dvd A cultura em luta pela paz.


Pra você que perdeu, assista, agora na internet, o SP Cultura, quadro apresentado por Alessandro Buzo, no SPTV 1ª Edição, sobre o Sarau da Ocupa.




Afinal, a cultura é nossa!

domingo, 15 de julho de 2012

Maioria trabalhadora x Minoria corrupta


Sou trabalhador comum que depende do salário para sobreviver. Componho a maioria da população brasileira e sulamericana que para sobreviver depende de trabalho e salário. No continente africano, onde existe ilhas de riqueza, a realidade da maioria trabalhadora não é diferente. Portanto, SOMOS A MAIORIA!
Para proteger práticas mafiosas de dois dirigentes - os brasileiros João Havelange/ex-Fifa, e Ricardo Teixeira/ex-CBF - e suas relações milionárias com uma empresa de marketing - a ISL -, portanto, A MINORIA, a Fifa ofende trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, da América do Sul e de Africa ao dizer que "subornos são partes integrantes do salário da maioria da população da América do Sul e África".
A situação da classe trabalhadora nos dois continentes tem sido marcada pela precariedade e constantes derrotas e retrocessos em leis trabalhistas que pioram a condição do trabalho. As obras para o mundial de futebol ocorridas na Africa do Sul em 2010 e as obras em andameno no Brasil para 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016 provam isso. Se o legado das obras de infraestrutura é questionável, a situação presente é dramática.
Certo é que a maioria assalariada de sulamericanos e africanos tem trabalhado honestamente, apesar das adversidades impostas pela minoria corrupta do capitalismo sem fronteiras, que corrompe e recebe além dos lucros, subornos!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sarau da Ocupa recebe o Coletivo Cicas pruma noite de poesia e resistência cultural e social


Venha se aquecer no calor humanos do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado hoje, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588(próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.



O Sarau vai acolher o Coletivo Cicas (Centro Inependente de Cultura Alternativa e Social) pro lançamento do livro e dvd A cultura em luta pela paz. No dia do lançamento, livro e dvd não serão vendidos, alguns exemplares serão sorteados pra quem tiver na casa.

Há 5 anos o Coletivo Cicas ocupou e recuperou um imóvel público abandonado no Jd. Julieta, na Vl. Guilherme, zona norte, e criou um centro cultural e social que é refência na região e na cidade. Localizado na Avenida do Poeta, o imóvel abandonado e sujo com muito esforço tomou a cara de um centro cultural, abrigando desde 2007 inúmeras ações culturais, mobilizando a comunidade e articulando coletivos. A Avenida do Poeta desde então erradia poesia! Em 2012, houve uma tentativa de despejar o Cicas do local. Agora, o espaço tá novamente ameaçado de despejo pela prefeitura de São Paulo. Venha saber por que e como somar na resistência. O Sarau vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Se puder, traga 1kg de alimento não perecível. Não fique de fora! Traga sua letra, poesia, rima ou ideia pra trocá! Afinal, a cultura é nossa!

"A Cultura em Luta pela Paz foi um projeto idealizado e escrito em maio à todo o conflito no qual o CICAS e todos se encontravam. O livro traz depoimentos e fotos de diversos colaboradores e complementa o documentário, que mostra uma parte da história do espaço e alguns dos grupos e indivíduos que contribuíram para fortalecer a resist~encia cultural - nesse e em outros locais que também sofrem ações de repressão por parte do poder público - com cenas filmadas pela equipe e imagens de arquivo registradas por diversas pessoas. Ambos são produções coletivas, feitas a várias mãos, e só se tronaram possíveis graças ao empenho e contribuição de muitas pessoas." - Em A cultura em luta ela paz, do Coletivo Cicas.

Assista o trailer do documentário A cultura em luta pela paz.

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Um banquete de livros fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que a escritora, prosadora de mão cheia, Cidinha da Silva esteve lá pro lançamento do seu mais recente livro de crônicas Oh, margem! Reinventa os rios!.

Quem tiver interesse pelos livros da autora pode escrever diretamente pra ela (cidinha.tridente@gmail.com) ou adquirir os livros na Livraria Suburbano Convicto, que fica na Rua Treze de Maio, nº 70, sobreloja, Bixiga. Especializada em literatura marginal periférica, a livraria além de abrigar o Sarau Suburbano oferece centenas de títulos das mais variadas áreas da literatura, cds e revistas de rap, roupas e acessórios e uma atenção especial de Alessadro Buzo e família suburbano convicto. Bora lá conferir!

Clique nos links e acesse os site e blogs indicados!

Afinal, a cultura é nossa e a estrutura reforça!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A cultura é nossa e a Livraria Suburbano Convicto reforça!

 Alessandro Buzo e eu no dia do lançamento do livro

Alessandro Buzo, o mano de mil corres, está com livro novo na praça: Profissão MC! Buzo garante que o livro, o décimo do escritor, não é o roteiro do filme dirigido por ele mesmo, em 2009, e que no momento já conta com mais de 357 mil acessos no Youtube e tem até um versão pirata nas ruas. Semelhanças com o filme são inevitáveis e lembra a vida de muitos MCs bons por aí. A escrita do Buzo é totalmente original e originalidade o autor tem de sobra. Com conhecimento de causa, Buzo leva pro romance contornos biográficos de sujeitos mais ou menos indefinidos. Histórias passadas onde as opções são raras, percalços muitos e o rebento tarda, mas nem sempre falha. Se o caminho tomado pelos personagens não é o mais facíl, a volta por cima tem sabor de vitória. Difícil não ser tocado pelo enredo e o desfecho da história apresentada no livro. E aí, descobre-se que nem sempre o final de um romance significa o final de uma história. Profissão MC, feliz lançamento da nVersos Editora, reúne um time que entende bem a história que o Buzo desenvolve no livro, Jéssica Balbino na orelha, prefácio de Daniel Ganjaman e contracapa de Criolo. Profissão MC é um presente do Buzo, escritor marginal, periférico do Itaim Paulista, suburbano convicto, pra literatura brasileira.
Adquira o livro na Livraria Suburbano Convicto, que fica na Rua Treze de Maio, nº 70, sobreloja, no Bixiga. Especializada em literatura marginal periférica, a livraria além de abrigar o Sarau Suburbano, que acontece no mesmo endereço toda terça-feira, às 20 horas, oferece centenas de títulos das mais variadas áreas da literatura, cds e revistas de rap, roupas e acessórios e uma atenção especial do próprio Alessandro Buzo e família suburbano convicto. A livraria acolhe rappers, escritores e escritoras da literatura marginal periférica, um batalhão de gente que movimenta saraus e aprecia a poesia.
A cultura é nossa e a Livraria Suburbano Convicto reforça!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Aquilombemos!


... Como foram ousados, serei da minha parte, ousado também
Tenho o dever de falar porque não sou cúmplice
Calado, minhas noites seriam assombradas pelas memórias
Da gene que projetava na vida, sombras de esperança...
poema Quem tem medo da verdade


Recentemente fui convidado pra gravar um depoimento pro documentário Quilombos Culturais. O documentário nasceu como trabalho de conclusão de curso na área de comunicação e pretende exceder os formalismos acadêmicos por registrar parte da movimentação cultural periférica expressa nos saraus de poesia e literatura marginal realizados por coletivos da periferia de São Paulo. O caminho que o documentário tomou parece ter sofrido influência da temática que se propõem documentar! O mestre Solano Trindade já afirmava que quando se trata de cultura popular, "é preciso beber na fonte e devolver ao povo em forma de arte"!
O documentário está em fase de produção. É possível encontrar a equipe realizadora presente nos saraus da periferia de São Paulo, seja disparando versos, seja gravando, conversando com quem dispara poemas, fazendo anotações e marcando entrevistas.
Foi assim que eu conheci primeiro o Igor Carvalho e o Max Santiago numa noite de sábado no Sarau Perifatividade e já no ponto e na volta de ônibus trocamos ideias sobre cultura, literatura, saraus, periferia e o protagonismo marcante da literatura marginal periférica. Depois, conheci também a Priscila Santos e a Elisabete Aguiar também da equipe. De lá pra cá, não paramos de nos encontrar.
O documentário vem sendo produzido na raça, no suor e na fé de quem não está usando a lente pra manter uma distância do protagonismo cultural registrado, até porque é comum membros da equipe disparar poemas nos saraus que os acolhe como poetas e não documentaristas.


O documentário vai registrar alguns saraus e alguns perfis de poetas e poetisas da perferia de São Paulo. Meu depoimento pro documentário teve um significado muito forte pra mim. Primeiro pela escolha do local da gravação. A equipe se empenhou e conseguiu autorização pra gravar no inteiror do Memorial da Resistência de São Paulo, local que abrigou durante muito anos o Deops-SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo), um dos principais centros de prisão e tortura da polícia política durante a ditadura militar. O local abriga hoje um museu que preserva parte da história e da memória da luta contra a repressão política em São Paulo. Lá estão disponíveis pra visita as celas onde ficaram presos políticos, breve cronologia da história Brasil e documentos do movimentos estudantil e cultural apreendidos pela censura.
Conheci muita gente que tinha passado maus momentos naquele lugar durante a ditadura. Alguns deles registraram seus nomes nas paredes de uma das celas. Histórias de pessoas que ainda hoje me emociono só de lembrar. Tem gente que não está mais ao nosso lado na caminhada da vida, mas está presente na nossa luta diária contra todas as formas de opressão cometida pelos donos do poder, pelo Estado e principalmente seu braço armado que são as polícias.
Uma geração de homens e mulheres que deram o melhor da sua juventude pra mudar o mundo pra melhor. E por ousar querer mudar o mundo pagaram com o corpo e com a alma, alguns com a própria sombra.


Não foi fácil falar sobre a minha caminhada, até porque sempre me confundi com quem esteve todo tempo ao meu lado. Sempre fui a primeira pessoa do plural e talvez por isso sempre tivesse com quem me aliar com dignidade, respeito, humildade. Falar de mim, portanto é falar da gente! E falar da gente é falar de todo mundo que compõe a caminhada!
No meu depoimento pro documentário, falei sobre minhas memórias que eu mesmo nunca tinha ouvido, por isso mesmo me surpreendi. Falei das minhas influências, praticamente figuras humanas e acolhedoras. Falei sobre o Sarau da Ocupa que hoje apresento na Ocupação São João, e que é a periferia no centro nervoso de São Paulo! Assim como tudo que já fiz, apresentar o Sarau no contexto da luta pela moradia não é mero acaso. É parte da atual caminhada!
Além das memórias, disparei o poema Quem tem medo da verdade que denuncia velhos torturadores e anuncia a chegada da verdade porque só ela pode levar a justiça.

Equipe realizadora do documentário Quilombos Culturais

O Quilombo do título do documentário parece querer anunciar o sentido de refúgio libertador, acolhimento entre os iguais, fortalecimento na presença física, no companheirismo, na exaltação da memória dos ausentes, na cumplicidade pela palavra escrita e falada e na resistência pra manter o espaço livre da cultura excludente e dominante. Aquilobemos!

[Fotos equipe Quilombos Culturais]