quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sarau da Ocupa: uma cidade inclusiva e digna pra se viver é possível com muita luta, cultura, livros e poesia!


Venha se aquecer no calor humano do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, dia 5 de setembro, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar mais uma vez a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.


Nesta noite, o Sarau vai acolher quem acedita que uma cidade inclusiva e digna pra se viver é possível e ela se constrói também com muita luta, cultura, livros e poesia.

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. E não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Em noite de Sarau, um banquete de livros é servido e fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!


Pra você que perdeu, assista, agora na internet, o SP Cultura, quadro apresentado por Alessandro Buzo, no SPTV 1ª Edição, sobre o Sarau da Ocupa.

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa na noite em que o escritor Sacolinha chegou pro lançamento do seu mais novo livro Manteiga de Cacau.

O escritor Sacolinha lançou seu mais novo livro Manteiga de Cacau

Calor humano pela presença no Sarau

Eu, Landy e Sacolinha no Sarau da Ocupa

 
Afinal, a cultura é nossa!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Ocupação São João precisa de você!



Enquanto morar for privilégio de poucos,
ocupar é um direito de muitos!

Salve, salve todo mundo que um dia chegou na Ocupação São João, e nestes quase dois anos de existência e resistência contribuiu com o calor da presença e participou de alguma das atividades, declamou no sarau, fez doações de alimentos, roupas ou livros, assistiu filmes, coloriu paredes, imprimiu personagens que ganharam vida no espaço, registrou a graça da vida em intenso movimento, realizou oficinas de artes, música, teatro e cuidado com a saúde, documentou em videos muitos momentos únicos, fez trabalhos universitários e reportagens, se emocionou com os depoimentos da gente simples e cheia de coragem que mora lá, arrancou um sorriso, riu junto e também chorou com as crianças que dão uma alegria especial para o lugar, ajudou a limpar o espaço para se reconhecer nele todo dia, a organizar as festas, enfeitar o lugar como se cuidasse de sí, que fez coro e tomou para si o lema "quem não luta, tá mort@!" caminhou com as pessoas sem teto pelas ruas do centro da cidade exigindo o cumprimento do direito fundamental a moradia digna... esta mensagem é pra você!
Neste momento, a Ocupação São João está sob ameaça de despejo. Uma primeira reunião aconteceu com as partes envolvidas sem que Prefeitura e proprietário oferecessem qualquer alternativa viável para as famílias que hoje vivem no imóvel ocupado. Uma nova reunião está marcada para o dia 5 de setembro com o objetivo de se chegar a um acordo que não prejudique as famílias, as crianças matriculadas nas escolas e quem hoje trabalha na região. Mesmo com a reunião marcada, a Justiça já sinalizou uma data para o possível despejo das famílias sem teto, o dia 11 de setembro.

Não temos muito tempo! A Ocupação São João precisa de você!

Baixe aqui o abaixo-assinado para ser entregue à Justiça paulista solicitando que a liminar de despejo das 85 famílias seja revogada e que o direito a moradia digna possa prevalecer sobre o endividamento e o abandono do imóvel. Hoje, as famlías que ocupam o imóvel dão a ele a função social de moradia que merece.

Imprima o abaixo-assinado, tire cópias, envie por email e recorra a solidariedade da sua rede de contato (saraus, escolas, faculdades, universidades, na rua ou em qualquer outro lugar). As listas assinadas poderão ser entregues na Ocupação São João, na Avenida São João, nº 588, no Centro de SP, até o dia 2 de setembro.

A solidariedade reside na mobilização!

Solidarize-se e mobilize-se!

sábado, 18 de agosto de 2012

Eu existo: Dia Nacional de Luta da População de Rua



No dia 19 de agosto de 2004, 7 pessoas em situação de rua que dormiam na praça da Sé, no centro de São Paulo, foram assassinado e outras 8 foram agredidas e gravemente feridas. A Chacina da Sé, como ficou conhecida, teve grande repercussão nacional e internacional. No entanto, apesar da cobrança por justiça feita por diversas organizações de direitos humanos, movimentos sociais e populares, até hoje não houve identificação e punição dos culpados.

Desde 2005 o Movimento Nacional da População de Rua organiza no dia 19 de agosto um ato em protesto contra a violência impune que recai sobre essa parcela da população. Essa data não foi escolhida aleatoriamente: em 19 de agosto de 2004, a Praça da Sé, em São Paulo, amanheceu manchada de sangue pela intolerância, pela violência gratuita e pela barbárie cometida contra pessoas em situação de rua.
Solidarize-se e participe do ato público seguido de passeata marcado para este domingo.
Agenda e Programação

Dia 19, domingo 19h - saída do vale do Anhangabaú rumo à Praça da Sé
20h - acampamento na Praça da Sé
21h - sarau

Dia 20, segunda-feira
9h - saída da Sé para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco
9h30 - debate com candidatos à prefeitura de São Paulo

Afinal, a rua é nóis!




Assista o documentário Eu Existo, produzido pelo Centro Acadêmico XI de Agosto sobre a questão dos direitos humanos no centro de São Paulo. Este curta-documentário se propõe a tirar os moradores de rua da invisibilidade a qual estão condenados, colocando-os como agentes políticos capazes de expor os próprios problemas e de sugerir mudanças.

McDonald's: um cardápio de escândalos



Assista o documentário Um cardápio de escândalo (28 min.), contundente denúncia do esquema ilegal, de humilhações, exploração e de precarização do trabalho promovido pela McDonald's, uma das maiores redes de fast food no mundo e atuante no Brasil.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sarau da Ocupa recebe o escritor Sacolinha pra lançar seu mais novo livro Manteiga de Cacau


Venha se aquecer no calor humano do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, 22 de agosto, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar mais uma vez a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.

Nesta noite, o Sarau vai acolher o escritor Sacolinha pro lançamento do seu mais novo livro Manteiga de Cacau. O livro apresenta doze contos que abordam as crises, os conflitos , os dramas e outros aspectos do universo masculino (sem ser excludente), assuntos que incomodam, mas são evitados ou que para disfaçar a preocupação acabam virando piadas.

"- Julia, é o seguinte: eu não sei dançar.
- Como assim não sabe dançar? [...] Todos nos enganamos, de uma forma ou de outra. A gente sabe dançar, mas é outro tipo de dança. [...] Todos nós, dessa classe social, já sabemos dançar desde o nascimento. [...] Estamos aqui nesse barzinho porque bailamos a semana inteira num serviço onde somos apenas máquinas produtoras, recebendo ordens por um mísero pagamento.
Aos poucos fui ficando relaxado. [...] o que é dançar num país onde, para o povo, felicidade é carnaval, futebol, um aparelho de TV e um crediário nas Casas Bahia.
- Todo brasileiro tem um pingo de indignação contra tudo isso aí [...]. Mas agora não é hora de discutir os problemas sociais do país, vamos dançar.", dialogo do conto Eu não sei dançar!, presente em Manteiga de Cacau, de Sacolinha.

O escritor aponta já no prefácio que a pressão social de ser homem é um problema vísivel nas trajédias domésticas cotidianas. No lançamento, o livro será vendido a preço popular.

Desde suas primeiras publicações em projetos literários ousados e por isso mesmo importantes como Caros Amigos/Literatura Marginal, Ato III (2004), Sacolinha não parou de escrever e vem se tornando cada vez mais um escritor de mão cheia e com identidade própria. Escreveu outros títulos que tiveram repercussão e novas edições, teve textos traduzidos para o francês e espanhol, participou de várias antologias, escreveu prefácios, participou de revistas, escreveu dramaturgia, ganhou prêmios e mantém intensa atividade para divulgar sua obra como aulas, palestras e oficinas. Sua obstinação pela literatura fez ele ser o principal responsável pela Associação Cultural Literatura do Brasil, importante iniciativa de incentivo a literatura em Suzano, município onde o escritor reside e atualmente é Coordenador Literário pela Secretaria de Cultura. Sacolinha é um agitador cultural que tem as mãos em inúmeros projetos voltados para a literatura, sua devoção literária confunde-se com uma militância que é fonte de inspiração para novos escritores e escritoras que acreditam que a literatura é mais que a organização perfeita das palavras.

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Em noite de Sarau, um banquete de livros é servido e fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que o tambor falou mais alto e o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa chegou pro lançamento da Antologia Poética da Brasa, Volume IV.

Sarau da Ocupa presente nos 2 anos de Sarau Perifatividade!


Sarau Perifatividade vai comemorar 2 anos de existência e resistência com um programação imperdível no próximo sábado, dia 18 de agosto, logo alí, no Bar do Boné, na Vila das Mercês, no fundão do Ipiranga.

Atuando desde 2008 na região do Fundão do Ipiranga, zona sul de SP, o Coletivo Perifatividade realiza várias ações culturais envolvendo saraus, educação, produção cultural, web rádio, hip hop, etc, sempre levando atitude, mensagem positiva e compromisso social com a periferia.

O Sarau da Ocupa vai chegar pra somar e fotalecer a festa!

Assista o video que conta um pouco da história do Coletivo aqui.

Mais informações, acesse: Coletivo Cultural Perifatividade

Chega junto e participe! 

domingo, 12 de agosto de 2012

Afro Retratos revela mulher negra num mundo globalizado

Eu, Elaine Campos e Renata Felinto






Na exposição Afro Retratos, série de autorretratos em pintura produzidos pela artista Renata Felinto. A constituição física e o fenótipo feminino e afrodescendente constituem as bases para realização de retratos que são caracterizados e adornados a partir da observação e pesquisa de imagens de mulheres e culturas de diversos grupos étnicos mundo afora. As obras pretendem proporcionar a reflexão sobre quem é a mulher negra brasileira que vive em um grande centro urbano sujeita às mais variadas influências, estigmas e interpretações sobre sua figura e história. A exposição fica em cartaz até 18 de agosto, quando será encerrada com uma programação especial.



 
Autorretrato presente na exposição de Renata Felinto

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A cidade que queremos é inclusiva


No programa PosTV, transmitido ao vivo via internet das Casas Fora do Eixo, no último domingo (5), do qual participaram os ativistas Enrrico e Manu de Porto Alegre.


No bate papo, questões em torno de temas como ressignificação e ocupação social, cultural e de lazer de espaços públicos, bicicleta e alternativas mais humanizadas de circulação nas cidades, histórico e panorama da luta pela moradia nos grandes centros urbanos, especulação imobiliárias e privatização do espaço público, articulação das lutas populares, concentração de riqueza e desigualdade nas cidades, iniciativas e redes de coletivos e ações culturais que atuam nas margens da cidade, saraus de literatura marginal periférica e efetivação de políticas públicas para as demandas populares.
As questões abordadas no bate papo mostram que estamos muito longe da cidade que queremos para viver. Uma cidade inclusiva na qual as pessoas, cidadão e cidadãs, tenham prioridade e promova igualdade com profunda distribuição de riqueza social e cultural, material e simbólica, e que na segunda-feira vá se encontrar no Bar do Binho para mais uma noite de Sarau.



Faça Você Mesmo! Um pouco mais cedo rolou um depoimento meu e do parceiro Silvio Shina para o projeto Hardcore 90, documentário sobre a cena hardcore e punk da década de 1990. Na época, participávamos ativivamente da cena independente na feitura do fanzine politizado Punto de Vista Positivo cujas edições ultrapassaram as mil cópias xerocadas e distribuidas de mão em mão, em apresentações e cartas seledas enviadas para todo o Brasil.


Capas do Punto de Vista Positivo números 3 e 4

sábado, 4 de agosto de 2012

Sarau da Ocupa recebe o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa pra lançar sua 4ª Antologia de Poemas


Tambor, tambor vai buscar quem mora longe...
Ô meu tambor, que é feito de couro e pau
vai buscar todos os poetas pra falar no meu Sarau...
Ouvindo o som do meu tambor e também do berimbau
Vem chegando os poetas pra falar no meu Sarau...
O Sarau é coisa boa, com amigos é mais legal
Vem chegando os poetas pra falar no meu Sarau...
- Tambor, de Coletivo Cultural Poesia na Brasa

Ouça o chamado do tambor e venha se aquecer no calor humano do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, 8 de julho, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.


Nesta noite, o Sarau vai acolher o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa pro lançamento do livro Antologia Poética da Brasa, Volume IV. O livro é "um sarau impresso"! Ao todo são 47 participantes que colaboraram com textos, poemas (44 no total!) e registros fotográficos. O livro marca os 4 anos de atividade do Coletivo/Sarau e foi lançado na base do apoio e compromisso entre coletivos culturais que atuam na periferia, sendo a maioria da zona norte de SP. No lançamento, o livro será vendido a preço popular.

Em atividade desde 2008 e 11 livros lançados, o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa é um movimento cultural enraizado na zona norte, atua principalmente na Vila Brasilândia. Tem como objetivo produzir e divulgar a arte da periferia nos espaços de troca de ideias, do compromisso da palavra falada e de expressão dos periféricos, sejam eles um bar, escolas, centros culturais, praças, ruas ou unidades de privação de liberdade. Os poetas, poetisas e apreciadores da literatura periférica atendem quinzenalmente o chamado ancestral do tambor e participam do Sarau Poesia na Brasa, realizado com muita originalidade e independência pelo Coletivo.

Algumas palavras presentes na Antologia:

"Palavras em papéis são gritos de indignação, de denúncia, mas também são sonhos libertos, são perfumes e cores que fazem a vida amanhecer", por Sônia Bischain, na abertura da Antologia.

"... não esperamos mais, pensamos agora soluções, planejamos trabalhos que movimentem o capital da cultura para a periferia", por Coletivo Cultural Poesia na Brasa, na Apresentação da Antologia.

"Na periferia, resistimos. Da nossa forma, com pedras ou peoemas, resistimos. Os trabalhadores e periféricos se levantam. O espaço do Sarau é também um foco de resistência. Queremos um mundo que não seja dividido entre periferia e centro, entre oprimidos e opressores, entre exploradores e explorados. O trabalho do Coletivo Cultural Poesia na Brasa tem significado nada menos do que a possibilidade de realizar sonhos, de mudar pessoas, de despertar emoções adormecidas", por Flávia Rosa, no Prefácio da Antologia.

"A periferia se arma de conhecimento, a munição é o livro e os disparos vêm das letras... e é por isso que a elite teme!", por Coletivo Cultural Poesia na Brasa, no manifesto A Elite Treme, presente na Antologia.

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Em noite de Sarau, um banquete de livros é servido e fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que o poeta Victor Rodrigues esteve lá pro lançamento do seu primeiro livro Praga de Poeta.

Eu e Victor Rodrigues que lançou seu Praga de Poeta no Sarau

Poetas, poetisas e gente que aprecia
poesia com calor humano

Poetas, poetisas e gente que aprecia
poesia com calor humano

Afinal, a cultura é nossa!

[Fotos Chellmí e Ocupação Cultural]