sábado, 12 de novembro de 2011

Em recente artigo, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, compara a capacidade de ressurreição e regeneração do capitalismo a dos parasitas – organismos que se alimentam de outros organismos, estando agregados a outras espécies. Os parasitas, depois de exaurir completa ou quase completamente um organismo hospedeiro, normalmente procura outro, que o nutra por mais algum tempo. Bauman explica que o sistema capitalista funciona por um processo contínuo de destruição criativa. O que se cria é capitalismo numa “fórmula nova e melhorada”; o que se destrói é a capacidade de auto-sustentação e vida digna nos inúmeros “organismos hospedeiros” para os quais todos somos atraídos ou seduzidos, de uma maneira ou de outra. Um dos recursos cruciais do capitalismo, diz, deriva do fato de que a imaginação dos economistas – incluindo os que o criticam! – está muito atrasada em relação à sua invenção, a arbitrariedade do seu procedimento e crueldade com que opera. Contudo, o sociólogo alerta: o parasita morre, quando faltam organismos vivos de onde possa retirar alimento.

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