
Os grafiteiros Beto Silva e Bruno Perê, autores dos respectivos trabalhos "PM-coxinha" e "todo vagão tem um pouco de navio negreiro", acertaram quando não aceitaram fazer outro grafite que não os originais censurados, no mês passado, pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), no muro da futura estação Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, zona sul paulistana.

Quando souberam da censura, os grafiteiros reagiram. Beto afirmou que o trabalho é uma crítica social bem humorada sobre atitudes violentas da Polícia Militar. Bruno disse que a crítica que ele fez foi saudável.

Vale lembrar que em outubro, o rapper e ativista Preto Will, do grupo Versão Popular e membro da Cooperifa foi vítima de racismo e agressão física na estação Campo Limpo do metrô, na mesma zona sul.


As críticas que os grafiteiros fizeram são pertinentes e não é à toa que os trabalhos foram parar nos muros da CPTM. Racismo e descaso com o povo são sistemáticos em São Paulo. Nada melhor que a arte para denunciar o que o sistema faz, mas não assume a autoria. Os grafiteiros que assinam os trabalhos voltarão para o mesmo muro ainda este mês para refazer o grafite e afirmar novamente suas críticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário