Educação retrô: ponte para o futuro!
Para quem nutria saudade da década de 1990, quando o Brasil
virou um supermercado globalizado, seja bem vindo. Neste século XXI, a
financeirização dos mercados internacionais radicalizou, mundo afora, as
políticas neoliberais e de austeridade no papel do Estado como provedor
de políticas públicas universais.
Em pouco mais de uma década, o Brasil
resistiu até onde pode. O golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff
foi planejado pelo capital financeiro internacional em
conjunto com seus representantes políticos e da imprensa - detentora da
opinião publicada.
Na mira da sanha privatista da vez está a educação pública,
particularmente o Ensino Médio, modalidades da educação continuada e as
Universidades Federais. São filões para os vilões da educação pública.
Também a década de 1990 foi marcada por mobilizações em defesa da
educação pública, contra as orientações agressivas do Banco Mundial para o Brasil
criar um mercado da educação e na acirrada disputa por uma LDB (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, 1996) que estruturasse e fortalecesse o papel do Estado e
não do mercado na educação pública. Houve derrotas significativas, mas também alguns avanços, como, por exemplo, a universalização da educação pública.
Os ataques já começaram: organizações
sociais e militares assumindo escolas, a sinalização da desobrigação do
Estado com a educação pública, terceirização dos profissionais da educação, parcerias público-privada em instituições
de ensino, etc.
Está mais do que na hora de educadores, educadoras,
estudantes - taí a novidade deste século! - e a sociedade, comprometidos
com a educação pública, não retroceder nenhum passo no direito humano à
educação!
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