segunda-feira, 25 de março de 2013

Maracá: o memorial dos povos indígenas


Maracá

Quando senti o chão tremer
E avistei no alto o maracá voar
Despertei a aldeia para ver
O bando que acabara de chegar


Das caravelas de aço vi descer
Desafetos de outrora a bradar
Reconheci o palavreado a dizer
Que ali eu não iria mais ficar


Eles queriam ainda me fazer crer
Que para mim há outro lugar
Eu pergunto como posso assim viver
Se aqui também é o meu lugar


Reminiscências de ódio vi crescer
Ardência ignorância nos olhos a cegar
Destemida memória não trai meu ser
Foi a história que me fez para cá voltar


                                        - Ruivo Lopes

Policial militar prende indigena da Aldeia Maracanã
 
A expulsão violenta da Aldeia Maracanã, ocupação do Museu do Indio, na sexta-feira (22), produziu cenas de profunda indignação pela truculência usual da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O objetivo da operação militar de guerra era evacuar o prédio e deixar o caminho livre para as obras de expansão comercial do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Representantes de diferentes etnias indígenas há anos exigem da prefeitura, estado e união o tombamento do prédio para a criação no local do memorial dos povos indígenas.

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