sábado, 4 de agosto de 2012

Sarau da Ocupa recebe o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa pra lançar sua 4ª Antologia de Poemas


Tambor, tambor vai buscar quem mora longe...
Ô meu tambor, que é feito de couro e pau
vai buscar todos os poetas pra falar no meu Sarau...
Ouvindo o som do meu tambor e também do berimbau
Vem chegando os poetas pra falar no meu Sarau...
O Sarau é coisa boa, com amigos é mais legal
Vem chegando os poetas pra falar no meu Sarau...
- Tambor, de Coletivo Cultural Poesia na Brasa

Ouça o chamado do tambor e venha se aquecer no calor humano do Sarau da Ocupa, no centro nervoso de São Paulo. O povo tem um encontro marcado na quarta-feira, 8 de julho, a partir das 19h30, na Avenida São João, nº 588 (próximo a Galeria Olido), pra celebrar a sabedoria popular no melhor estilo ritmo e poesia que já se ouviu na praça.


Nesta noite, o Sarau vai acolher o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa pro lançamento do livro Antologia Poética da Brasa, Volume IV. O livro é "um sarau impresso"! Ao todo são 47 participantes que colaboraram com textos, poemas (44 no total!) e registros fotográficos. O livro marca os 4 anos de atividade do Coletivo/Sarau e foi lançado na base do apoio e compromisso entre coletivos culturais que atuam na periferia, sendo a maioria da zona norte de SP. No lançamento, o livro será vendido a preço popular.

Em atividade desde 2008 e 11 livros lançados, o Coletivo Cultural (Sarau) Poesia na Brasa é um movimento cultural enraizado na zona norte, atua principalmente na Vila Brasilândia. Tem como objetivo produzir e divulgar a arte da periferia nos espaços de troca de ideias, do compromisso da palavra falada e de expressão dos periféricos, sejam eles um bar, escolas, centros culturais, praças, ruas ou unidades de privação de liberdade. Os poetas, poetisas e apreciadores da literatura periférica atendem quinzenalmente o chamado ancestral do tambor e participam do Sarau Poesia na Brasa, realizado com muita originalidade e independência pelo Coletivo.

Algumas palavras presentes na Antologia:

"Palavras em papéis são gritos de indignação, de denúncia, mas também são sonhos libertos, são perfumes e cores que fazem a vida amanhecer", por Sônia Bischain, na abertura da Antologia.

"... não esperamos mais, pensamos agora soluções, planejamos trabalhos que movimentem o capital da cultura para a periferia", por Coletivo Cultural Poesia na Brasa, na Apresentação da Antologia.

"Na periferia, resistimos. Da nossa forma, com pedras ou peoemas, resistimos. Os trabalhadores e periféricos se levantam. O espaço do Sarau é também um foco de resistência. Queremos um mundo que não seja dividido entre periferia e centro, entre oprimidos e opressores, entre exploradores e explorados. O trabalho do Coletivo Cultural Poesia na Brasa tem significado nada menos do que a possibilidade de realizar sonhos, de mudar pessoas, de despertar emoções adormecidas", por Flávia Rosa, no Prefácio da Antologia.

"A periferia se arma de conhecimento, a munição é o livro e os disparos vêm das letras... e é por isso que a elite teme!", por Coletivo Cultural Poesia na Brasa, no manifesto A Elite Treme, presente na Antologia.

O Sarau também vai arrecadar alimentos pras famílias sem teto. Então, se puder, traga 1kg de alimento não perecível pra doação. Só não fique de fora!

Não esqueça a sua letra, poesia, rima ou ideia. Se preferir escolha ou faça na hora, sem deixar o ritmo e a poesia caírem. Em noite de Sarau, um banquete de livros é servido e fica sempre a disposição. Pode somar porque é tudo gente da gente, é tudo gente como a gente!

Confira quem passou pelo último Sarau da Ocupa, na noite em que o poeta Victor Rodrigues esteve lá pro lançamento do seu primeiro livro Praga de Poeta.

Eu e Victor Rodrigues que lançou seu Praga de Poeta no Sarau

Poetas, poetisas e gente que aprecia
poesia com calor humano

Poetas, poetisas e gente que aprecia
poesia com calor humano

Afinal, a cultura é nossa!

[Fotos Chellmí e Ocupação Cultural]

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